Madeline Vionnet

segunda-feira, 21 de julho de 2008 |

Estilista. Nacida em 1876, Aubervilliers, França. Ainda bem nova, foi aprendiz de uma costureira. Trabalhou nos subúrbios de Paris no final da adolescência, antes de ir para Londres trabalhar com Kate O’Reilly, uma costureira, por volta de 1897. Em 1901, retornou a Paris e foi contratada por Mme.Gerber, a sócia-estilista da Callot Souers. Madeleine ingressou na Doucet em 1907, ali permanecendo durante cinco anos.

Em 1912, abriu sua própria maison, que fechou as portas durante a Primeira Guerra Mundial, reabrindo-a pouco depois.

A preferida das atrizes do pré-guerra Eve Lavallière e Rèjane, mostrou-se uma das estilistas mais inovadoras da sua época. Concebia seus modelos num manequim-miniatura, drapeando o tecido em dobras sinosas. Mestra do corte enviesado, encomendava seus tecidos, quase dois metros mais largos, para esculpir seus drapeados.
descartou o espartilho, usou costuras diagonais e bainha aberta, afim de obter formas helênicas simples.

No final da década de 20 e no início da de 30, Madeleine atingiu o ápice da fama. Atribuiu-se a ela a divulgação da gola capuz e da frente-única.

Preferia o crepe e o crepe-da-china, a gabardina e o cetim para vestidos toalete e modelos diurnos, que eram geralmente cortados numa peça interiça, sem cavas.

Os tailleurs possuíam saias nesgadas ou enviesadas. Os casacos envelopes contavam com abotoamento lateral, e muitas peças eram abotoadas atrás ou, então, vestidas pela cabeça sem abotoamento algum. Tiras de gorgorão costumavam servir de forro ou suporte para a parte interna de vestidos de crepe fino. Madeleine usava tecidos listrados, mas não era colorista. Forma e caimento suaves eram seus objetivos para conseguir o máximo em estilismo: um vestido que se amoldava com perfeição ao corpo. Nenhum outro igualou sua contribuição técnica à alta-costura. Madeleine Vionnet aposentou-se em 1939, vindo a falecer em 1975.